Faz apenas algumas horas que assisti ao filme “Simplesmente Acontece” no cinema e quando postei a foto do bilhete no instagram muitas pessoas pediram para que eu comentasse um pouquinho do filme por lá ou no blog. Até aí ok, mas algumas pessoas me perguntaram também se eu costumo ir ao cinema sozinha (deixaram essa pergunta neste post aqui e neste outro aqui da fanpage) e por esse motivo eu tive vontade de vir aqui conversar um pouquinho com vocês sobre isso de maneira bem informal.
Veja bem, eu gosto de companhia. É sério, geralmente eu prefiro estar acompanhada do meu marido ou de amigos quando saio para passear, comer ou ir ao cinema, mas em certos momentos ou você vai sozinha ou você não vai. E esses momentos são bastante comuns na minha vida para ser sincera, pois meu marido trabalha de escala e minhas amigas e amigos nem sempre estão disponíveis. Eu mesma não costumo estar tão disponível, principalmente durante a semana, por conta da correria de trabalho-casa-blog-canal-pósgraduação-traduções-vida, por isso costumo decidir quase sempre de última hora se vou ou não ao cinema, o que torna ainda mais difícil conseguir companhia.
Resumindo um pouco, eu adoro assistir filmes, adoro cinema e não vou deixar de ir somente por estar sem companhia. Acho que ninguém deveria se privar de fazer coisas que gosta por não ter com quem fazer, na minha concepção quem se priva assim das coisas que gosta só por falta de companhia são pessoas que tem baixa autoestima, não gostam da própria companhia, não conseguem ficar sozinhos consigo mesmos (ou os três). Eu amo ir ao cinema e ir sozinha não estraga a experiência, pelo contrário, vou muito ao cinema sozinha. Mas que fique claro, não estou dizendo que quem não vai ao cinema sozinho ou não faz coisas sozinho, como ir a uma lanchonete ou à praia, tem baixa autoestima ou não se ama o suficiente, estou simplesmente dizendo que quem não faz o que quer por falta de companhia está perdendo tempo e se privando de coisas boas a toa. Ainda assim, para esclarecer, eu adoro um bom e velho drive-thru, quem não adora? Mas quando estou a fim de sair para comer fora ou tomar um sorvete sentadinha em uma lanchonete e não tenho companhia no momento, eu vou sem neura e sem me sentir solitária, vou feliz. Ter esses momentos só para si mesmo faz bem e traz um sentimento gostoso de independência e liberdade. Para quem não costuma fazer isso, recomendo sair consigo mesmo vez ou outra, seja para fazer compras, ir ao cinema, fazer uma caminhada, ir à praia ou tomar um sorvete. Você merece dar-se a esse luxo.
Ok, agora vamos falar um pouquinho sobre “Simplesmente Acontece”, filme adaptado do romance (no original Love, Rosie) de Cecelia Ahern. Anteriormente publicado como ”Onde Terminam os Arco-íris” pela editora Relume Dumará, o romance ganhou novo título pela Editora Novo Conceito. Ambos títulos bem diferentes do original e eu ainda preferiria que tivesse sido traduzido como Com Amor, Rosie. Mas o título da Editora Novo Conceito, apesar de distante do original, ficou satisfatório, considerando o contexto que eu vi no filme, pois não li o livro.
Pois é, não li o livro, já começamos por aí, e as vezes isso é bom. Fui sem nenhuma expectativa, por não conhecer a história, e saí do cinema muito feliz por ter despendido lá aproximadamente 1h40m do meu dia em frente a telona. Infelizmente não vou poder comparar aqui livro x filme para vocês, mas posso dizer como espectadora que o filme agrada muito dentro do gênero Romance e Comédia Romântica. Se o livro é mais voltado para o Drama, como eu ouvi dizer, aí já é outra história, e como vocês já sabem na grande maioria das vezes o livro é melhor do que o filme (Sim, fiquei com vontade de ler o livro). Como Comédia Romântica o filme acertou em cheio em todos os aspectos, personagens muito bem desenvolvidos e complexos, mesmo os coadjuvantes, momentos risadinha, gafes, figurino, linda fotografia, trilha sonora maravilhosa, e protagonista com carinha de Becky Bloom e Bridget Jones, tudo junto. Todo o pacote estava “na dose certa”.
A princípio eu fiquei com muito medo de que a minha experiência com “Se eu ficar” fosse se repetir, pois o filme parecia ter essa mesma pegada, livro romântico rapidamente adaptado para o cinema, jovens atores, etc., poderia não “colar”, de novo. Graças a Deus isso simplesmente não aconteceu, as coisas se encaixaram, os momentos mais sensíveis foram de verdade emocionantes e me fizeram enxugar lágrimas, as gafes foram mesmo bem engraçadinhas e fofas e todo o cinema riu junto, sem falar da química entre os atores (Lilly Collins e Sam Claflin, uns fofos) que foi muito mais intensa do que 50 Tons de Cinza. Sério, gente. E eles mal deram dois beijos no filme todo. Não é spoiler, calma! Esse é um filme delicado sobre coisas imprevisíveis que acontecem em nossas vidas, as escolhas que fazemos e como lidamos com elas ainda na busca do nosso final feliz. Só tenho uma ressalva: se puderem assistam legendado! A dublagem está bem ruinzinha, só assisti porque não tive outra opção, e já deu pra perceber na própria dublagem que o legendado fará diferença (o que há com esses cinemas que só oferecem dublado, né?). Quem curte um bom romance água com açúcar com uma pegada um pouco mais madura e séria, eis uma excelente escolha. ♥
Espero que tenham gostado do texto! Quem já assistiu (e/ou leu o livro) por favor deixe sua opinião nos comentários! 🙂